As curiosidades sobre a Lei Seca são uma forma de entender mais sobre essa regulamentação que causou uma divisão entre a população. Seja por alguns acharem que é essencial enquanto outros levantam a questão do consumo do que não seria “proibido”, como bombons. Mas que poderia acusar no bafômetro.
Dessa forma, o foco aqui é mostrar algumas questões pouco comentadas sobre o assunto. Mas que podem mudar a sua perspectiva sobre a lei. Confira!
O que é a Lei Seca?
Em resumo, a Lei Seca (Lei nº 11.705 de 2008) se refere ao rigor no consumo de álcool destinado a todos os motoristas, independentemente do veículo.
Assim, surgiu para proibir completamente a condução sob a influência de álcool, e outras substâncias. O infrator recebe multa como pena, bem como a suspensão da carteira por doze meses. Ou seja, perde a habilitação.
Vale destacar que essa lei substituiu outra, do Código Brasileiro de Trânsito, datada de 97. Na antiga lei, existia uma variação “autorizada”. Em outras palavras, você fazia o teste do bafômetro e, se desse abaixo do valor “permitido” por lei, não teria maiores problemas.
Curiosidades sobre a Lei Seca
Agora que você já está mais familiarizado com o tema, vamos as curiosidades.
A recusa em soprar o bafômetro gera multa
Quem nunca viu alguma notícia na TV afirmando que um motorista “aparentemente embriagado” tinha causado um acidente, mas se recusou a soprar o bafômetro. Esse tipo de situação é bastante comum.
Inclusive, o termo “aparentemente”, que as vezes é substituído por outros, é uma forma dos canais evitarem processos. Já que, em teoria, não está afirmando tal questão.
Após a definição da Lei Seca, os motoristas que se recusarem a soprar o bafômetro estão sujeitas as mesmas penalidades daqueles que sopram e estão embriagados. Isso de forma geral.
Na prática, alguns casos são resguardados. Já que existe a lei constitucional de que nenhum indivíduo pode/deve criar provas contra si mesmo. Mas, não se engane, o mais provável é que você seja multado e perca a CNH.
Com todas as tecnologias atuais, inclusive as câmeras dos carros policiais, comuns em blitz, fica mais fácil comprovar a embriaguez, atos de violência, etc. Logo, com a sua recusa, vídeos, fotos e testemunhas podem ser provas válidas de que o indivíduo estava alcoolizado. Portanto, é melhor fazer.
Os acidentes por embriaguez diminuíram
O principal foco da Lei Seca foi reduzir os acidentes. A título de curiosidade, dirigir embriagado eleva as chances de acidentes e mortes em, no mínimo, 3 vezes.
Segundo as pesquisas, a partir da inserção da Lei, ocorreu uma queda de 11,7% nas mortes. Ou seja, entre 2014 e 2015, foram mais de 5 mil mortes a menos.
A Escola Nacional de Seguros realizou uma estimativa de que só a primeira década da lei poupou mais de 40 mil vidas e evitou mais de 230 mil casos de invalidez permanente.
Curiosidade sobre a Lei Seca – Tempo de reação e eliminação orgânica
Uma curiosidade interessante é que a Lei surgiu após muitas pesquisas, novas e antigas, que falaram sobre o tempo de reação de um indivíduo.
Em resumo, o consumo do álcool deixa a pessoa mais lenta. Com isso, não consegue responder rapidamente no trânsito, elevando as chances de acidente. Já que se considera a necessidade de atenção completa enquanto se dirige.
Para você ter uma ideia, consumir 2 copos de cerveja pode alterar o tempo de reação em até 4 segundos. Ou seja, é o tempo que você poderia evitar de bater em outro carro, parar em uma esquina ou ver alguém atravessando correndo na sua frente.
Já quando pensamos em eliminação do álcool, muitos afirmam que duas ou três horas seria o suficiente. O que não é verdade.
Na prática, alguns testes podem detectar o álcool mesmo depois de doze horas do consumo. Chegando a 24 horas se a quantidade for alta ou reduzindo para 8 horas uma baixíssima quantidade. Porém, isso depende de uma série de fatores, como o tipo de bebida e até o seu peso.
Então, a melhor recomendação é: se for dirigir, não beba. E, se beber, espere 24 horas para dirigir novamente.
Bombons com licor e enxaguante bucal
Logo que a Lei Seca foi instituída, muitas dúvidas surgiram sobre a questão do álcool e dos resultados dos bafômetros. A principal delas enviam os bombons com licores e o uso de enxaguante bucal (já que tem álcool na composição).
Porém, esse não é o caso. Sendo considerado como uma forma de muitos criticarem algo que não faz sentido científico.
Se você comer um bombom com licor, por exemplo, a taxa de álcool é tão baixa que, depois de 20 minutos consumido, nada será acusado em um teste. Inclusive, muitas marcas trabalham com licores sem álcool.
Ao mesmo tempo, como a absorção é muito rápida, não afeta o tempo de reação. Portanto, seria necessário um consumo gigantesco para causar o mínimo de problema.
Para o enxaguante bucal, a questão é ainda mais insignificante.
Afinal, você não vai engolir o líquido, mas lavar a boca e cuspir em seguida. Com isso, mal faz sentido questionar a situação. Segundo especialistas, para acusar no bafômetro, seria necessário fazer o teste em um intervalo de minutos depois de usar o enxaguante.
Assim, o problema não está no bombom ou na higiene bucal.
Curiosidades sobre a Lei Seca: ela não existe só no Brasil
Logo que a lei foi implantada no território brasileiro, muitos começaram a criticar. Dizendo que era algo completamente fora dos padrões.
Porém, a realidade é que este já é um padrão seguido por outros países há muitos anos. E, acredite, há locais em que as punições são maiores.
Na Suíça, por exemplo, além do motorista, o carona também não pode estar alcoolizado, ou cabe multa para o motorista. Na China, o motorista alcoolizado com mais de 0,8g/L pode pegar de 3 a 5 anos de prisão e, se causar um acidente envolvendo morte ou ferimentos graves, a suspensão da CNH é definitiva.
Uma curiosidade é que na Califórnia (EUA), os ciclistas também estão sujeitos a lei. Ou seja, não podem “dirigir” uma bicicleta se estiverem embriagados.
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